"Rui Sousa é a alma por detrás do grupo Zappanoia, especializado na interpretação do difícil repertório de Frank Zappa, e só dizer isto revela muito quanto ao trabalho musical que prestou – seja em termos de sustentação rítmica, que foi bastante sólida, como de capacidade criativa a improvisar, sempre pertinente e oportuna."
Rui Eduardo Pais
Jornalista cultural e crítico de música. Editor da JAZZ.PT
Excerto do artigo publicado na JAZZ.PT em Fevereiro de 2014 intitulado ( Um momento especial ) a quando do concerto no Pausa na Linha com o quarteto Simões / Chagas / Guiomar / Sousa
Fernando Magalhães
Jornalista e crítico de música.
Artigo publicado no Público em 2003 a quando do lançamento do disco
Zappanoia - Portuguese Extraction
"O projecto é tão louco como qualquer outro: interpretar exclusivamente a música de Frank Zappa.
Faz sentido, se considerarmos que o guitarrista e compositor deixou um vasto acervo com lugar no das grandes músicas do século passado. Faz menos, quando a réplica pretende ser, como neste caso, o mais fiel possível ao original. Tarefa ingrata, porque a música de Zappa é feita à imagem do seu autor: única e original. Daí a dificuldade, mas também o desafio, que se pôs ao quarteto português (ao vivo, a formação alarga-se para sexteto e septeto, com metais e a inclusão de uma vibrafonista). As notas estão no lugar certo, importante numa música que exigiu sempre dos seus executantes o máximo de virtuosismo, mas falta o nervo, a paranóia, o golpe de asa. “Information is not knowdlege”, lê-se, aliás, na capa. Eduardo Cunha não se coíbe de solar na guitarra mas a principal falha reside nas suas vocalizações, demasiado “lisas” e num inglês a que falta o acento americano do mestre. Ao mesmo nível do guitarrista estão igualmente os desempenhos instrumentais de Diogo Sotto-Mayor, nas teclas, Rui Sousa, no baixo, e João Luís Lobo, na bateria, em clássicos como “Cosmik debris”, “Dirty love”, “Zoot allures”, “Love my life” e “Peaches in regalia”. Zappa continua a deixar crescer o bigode em Portugal.."